A mudança do paradigma do feedback (e minha atualização)

Oi, fujoshis, fudanshis e haters o/ (Esses dias pude notar uma movimentação de haters por aqui… =O)

Eles dizem odiar yaoi... sei u_u.

 

Ando meio sumida e atualizando com uma frequência bem menor do que gostaria… mas a vida é assim… no mundo adulto raramente sobra tempo pra diversão… D=
Já estava com essa atualização pronta há muito tempo… mas não tinha tempo de me dedicar ao post.
Felizmente (ou não) estou aqui.
Então… Queria falar um pouco sobre o feedback… tem sido um assunto constante entre minhas amigas e achei que talvez seria interessante falar um monte de merda sobre isso u_u.

A mudança no paradigma se dá ao compararmos uma realidade não muito distante com o comportamento dos leitores e dos ficwriters nos dias de hoje.
Reviews, comentários e e-mails desapareceram, dando lugar a outra forma de feedback: O elogio ou crítica mental.

Review telepática!

 

Na minha época (>o<.) era deixar um comentário no guestbook, poucos utilizavam e-mail mesmo… Depois veio o Fanfiction.net… com o sistema de review… q alegria, todo mundo podia falar com sua autora favorita, dar pitacos (ou acreditar que dava pitacos >o<.)…
Aí, muitas pessoas que apenas liam e comentavam, passaram a escrever… e outras milhares de pessoas que nada faziam passaram a escrever… e agora temos toda sorte de ficwriters e os mais variados tipos de fics…
Isso seria excelente (principalmente se a qualidade tivesse acompanhado a quantidade >o<.), se todos os ficwriters tivessem continuado a receber os reviews de sempre… né?
Mas nesse mundo ultra rápido, globalizado e amarrado na ragatanga, tudo muda. Inclusive conceito de gratidão, admiração e amor próprio!

Quando eu comecei a escrever, escrevia pra mim. Utilizava uma amiga de cobaia (obrigada Mari, por tudo!) e meu professor de português revisava minhas histórias de gays…
Publicar na internet numa época onde só eu possuía internet (de todas as pessoas que eu conhecia) não trouxe um retorno tão imediato. Os comentários no guestbook chegaram com um delay de meses, mas percebi que as pessoas estavam lendo…
Posteriormente tive alguns sites em parceria com minhas amigas e os e-mails sempre chegavam. Traziam elogios, críticas construtivas, pedidos inusitados… chegou a trazer uma stalker (#abafa).

Nessa época, gratidão e admiração eram sentimentos mais óbvios, porque nós autoras, recebíamos feedback carregado desses combustíveis.
Claro que escrever, sabendo que há atenção, que alguém espera pelas suas palavras ajuda.
Era bom ser mimada pelo leitor e o amor próprio, ainda não corrompido, não nos permitia sequer cogitar a viver em prol dessa atenção.

Os anos passaram. Eu casei, tive meus 3 filhos, me matei de trabalhar e nessa meu tempo deu uma morrida >o<.
Nunca mais tive tempo de ler com calma, escrever com sabedoria (ei, isso já rolou algum dia? =O) e deixar um review caprichado e com carinho.
Por conta disso, não lembro a ultima vez que deixei um review. Meu review virou algo telepático.

Ora, sou da teoria de que quem não dá não tem o direito de pedir. Apesar do meu motivo particular não ser a sem-vergonhice, compreendo que muita gente deve vivenciar algo semelhante… trabalho com faculdade, com família, com hora-extra, com filhos, com sobrinhos, com namorado, com marido, com a poha toda junta. Pra ter a oportunidade de ler algo, você lê no celular, no meio da reunião e fica mesmo fodz de fazer aquele review dos sonhos com seu chefe te olhando com olhar de desaprovação…
Tá que tem gente que tem preguiça também, que fica com o cu mole o dia todo no Farmville, lê trocentos fanfics e tá cagando pra isso de “incentivar” o ficwriter…

É a deformação da gratidão e da admiração. Para esse caso, temos um leitor ingrato.

Há também outra novidade: a degradação do amor próprio. Se antigamente o ficwriter escrevia por prazer, você sabe, hoje em dia há muitos que escrevem por atenção.
Gente… atenção a gente ganha de pai, de mãe, de macho (ou do seu seme – chame sua namorada como quiser…), dos amigos, do nosso cachorro, do gato ou de nós mesmos. Não tem nada mais deprimente do que essa mendicância virtual, onde o ficwriter exige a atenção de completos estranhos, acreditando muito que eles têm o dever de dar um feedback.
Ninguém tem esse dever.

Bem… aqui no Fujoshi Soul tenho 2 fics hospedados (Os outros não tenho coragem de colocar aqui u_u.). Um oneshot (O veneno da cobra) e outro que está muito longe de acabar (Querido diário).
O Querido diário tem leitores assíduos. Ninguém deixa um comentário, mas através da estatística do wordpress eu posso ver quantas pessoas acompanham ele, quantos leram, quem voltou pra ler. Bem… as pessoas estão lendo. Pra mim como ficwriter isso já é excelente!
Eu mesma quando fiz esse blog não tinha pretensão nenhuma (continuo não tendo >o<.) de ter “não sei quantos leitores”. Se meus amigos leem, na boa, já estou no lucro >o<.
Esperar reviews que nunca vão chegar só vai fazer o ficwriter ter um sentimento negativo de amargura, revolta e pode ter certeza que esse baixo astral vai ser uma âncora puxando a qualidade dos escritos lá pras profundezas do inferno!

Saber onde está acertando ou errando é um dever do ficwriter – caso precise de uma força extra, corre atrás de um beta-reader – mas não vem com essa que é obrigação do leitor porque o leitor lê pra descontrair, não pra trabalhar pra você ficwriter! u_u.

A poha do texto tá ficando fuckin’ extenso e não era essa a minha intensão, mas vamos lá…
A Wikipedia nos ensina que: “Em administração, feedback (retorno de informação ou, simplesmente, retorno) é o procedimento que consiste no provimento de informação a uma pessoa sobre o desempenho, conduta, ou ação executada por esta, objetivando reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados.”
Lindo, não?

Acontece que o feedback não cai no colo… já que ninguém te dá um feedback, isso tem que partir de você, ok?
Vamos ver aqui umas posturas que você pode adotar, pra em médio prazo (ou longo) esperar uma mudança na atitude de leitores e ficwriters. Tem que partir de você.

Empatia, gentileza e verdade. Na hora de você oferecer um feedback a alguém, são esses os itens que você vai usar.
Você não gostaria que fosse assim com você?
Se fulano escreveu errado, um toque extra de gentileza! Se você não escreveria daquele jeito, deixe claro que a forma como a pessoa escreveu é interessante, mas em seu lugar, você faria assim e assado.
Sua palavra não é a lei, por isso, nunca esqueça de perguntar ao ficwriter o que ele acha dos seus argumentos. E deixar claro também que são apenas sugestões de um fã.
Essa atitude denota respeito e assim, no futuro, você pode esperar que sejam respeitosos com você.

Paciência, humildade e foda-se. Tá, você foi mega fofa, um doce, mas a ficwriter quer comer o seu fígado por conta do seu comentário.
Você já percebeu como um simples review pode ser invasivo? Ponha-se no lugar da criatura. Como você iria se sentir se uma desconhecida tentasse te ensinar como escrever e sugerisse um monte de sandice na sua história? Peça desculpas, diga que não teve a intenção de invadir a criação alheia, mas que gostaria de manter um contato legal, porque é fã da história e aquele blábláblá de ter se expressado mal… não é política… é educação mesmo!
Se apesar de ter sido sincera, educada e budista, a piranha anda te humilhando publicamente… aí usa o recurso do foda-se mesmo u_u.

Habilidade literária, inteligência e OTP (One True Pairing). Taí 3 motivos para você NÃO enviar um review. E daí que você escreve melhor? E daí que você é mais inteligente? E daí que o Sasuke não dá pro Naruto e só pode ficar com a Sakura?
Na verdade, caso você não saiba, essas 3 questões se legitimam apenas na sua cabeça. No mundo real, com as facilidades do print on demand, até um macaco publica um livro. Então pode ter certeza que não é grandes coisas ter 8 reviews no seu melhor fic.
O propósito do feedback é doação. É você parar a sua vida para dizer a alguém que gostou do que ela faz e/ou que acredita ter um caminho legal pra ela seguir, que possa ajudar a melhorar o dela. Só isso.
Você não é o professor Pasquale, você não é brilhante e nem o Kishimoto Masashi-sensei, certo?

Você se descontrola quando vê o Naruto por cima? o_o.

 

Semear, aguardar e ressemear. Como eu disse, tem que partir de você. Quem gosta de elogio, tem que elogiar! Será um trabalho exaustivo, algumas vezes você vai pensar que não vale a pena, mas só ocasionamos uma mudança quando somos a mudança.
Aguardar também é sabedoria pura! Algumas vezes esbarramos com pessoas legais, esperar a reação das pessoas, respeitando o tempo de cada um, abre portas pra essas pessoas entrarem nas nossas vidas. Deixe o ficwriter digerir sua review. As vezes nem é isso… é que temos mesmo uma vida fora do PC…
Você deixou um review e a ficwriter leu uma história sua e devolveu o review? Reinicie todo o processo! Continue a ressemear.

“Ah, mas eu não tenho tempo pra fazer nada disso”. Bom… então tome no meio do seu ânus.
Eu também não tenho tempo, mas não reclamo… u_u.
Fico feliz por ter alguns leitores e apesar de toda dificuldade, eis que vos trago uma atualização!!!

\>o<./ Glória 3x

Segue o capítulo 13 de Querido diário. Para ler clique aqui.

Trago também 2 novos links no Hall dos melhores u_u. vão visitar!
Recomendadíssimos, temos o Temaki e Gloomy cupcake doll (é de Nutella!) desfilando no blogroll!

Bem… é isso… me alonguei pakaraleo e já vou correndo… tenho MUITA coisa pra fazer!
Até mais!

Haters gonna hate

Dia Nacional do Yaoi – Kairi Shimotsuki

Hoje é o Dia Nacional do Yaoi! Tão pretenso a feriado nacional que aconteceu num domigo u_u.~

Para celebrar essa importante data, vou falar um pouco de uma das minhas mangakas favoritas, que ganhou recentemente o meu coração: Kairi Shimotsuki.

A criadora de Brave10 (nas bancas brasileiras e nas TVs japonesas \o/ e LOTADO de fanservice), pra quem não sabe, é uma das nossas!

Kairi Shimotsuki sensei é uma escorpiana de 14 de Novembro, com sangue tipo B (como o meu ♥). Seu debut BL foi com o título Inferior Doll (volume único), em Outubro de 2003 na Gentosha Comics.
Inferior Doll conta a história de Glow, um rapaz que se apaixona por uma androide que vira UM androide (Deep). ;D

Outro título BL, lançado em Julho de 2004 é Madness. A série em 2 volumes, conta a história do padre Izaya e do assassino Kyou no caótico e distante ano de 3000 D.C.

Em 2005, em conjunto com outras artistas, Kairi Shimotsuki sensei lançou o doujinshi BL Teikoku Sensenki, baseado no BL game Langmaor.

Heaven’s Love (volume único) é outro título BL que chega em 2006. É um gakuen mono e no final do encadernado tem 1 prólogo de Inferior Doll e um side story de Kimi wo Mukaeni (lançado em 2007).

2007 foi o ano de mais dois lançamentos da sensei: Danzai (BL) e Sengoku Basara (3 volumes), título que alavancou sua carreira (e que infelizmente não é BL/yaoi u_u.  mas tem grande potencial >o<.).

Dark Road e Meimu também são dois títulos BL, lançados em 2008, sendo o primeiro volume único e o segundo um one shot bem curtinho.

Em 2011 (notem um hiatus de 3 anos ó_ò.), Kairi Shimotsuki sensei lançou meu trabalho favorito: Izanai: Hyakunen no Koi (volume único), história de um vampiro alérgico a humanos (eu também sou alérgica a alguns humanos u_u.) e que eu pretendo adquirir em breve u_u. ~ ♥

 Vampiros podem ser alérgicos, só não podem brilhar

Kairi Shimotsuki sensei ainda gosta de punk (u_u. \m/), tem animais estranhos e dedos LINDOS!!!


Acompanhe o blog da Kairi Shimotsuki sensei: Clique aqui.
Acompanhe o twitter da Kairi Shimotsuki sensei: @s_kaili    

Saotome Taichi ou 早乙女太一 u_u.

Saotome Taichi ♥

 

Esta gracinha abençoada que Deus deu ao Japão e a todas as fujoshis, é um ator de uma vertente do kabuki (menos formal) da companhia Gekidan Sujaku.

Ele começou a trabalhar aos 11 anos e seu talento e beleza logo fizeram dele o astro que ele é u_u. (Óbvio que ser filho do dono da companhia ajudou bastante u_u. mas… você entende, né?)

Nascido em 24 de Setembro de 1991 (sim, sou velha demais pra essas coisas u_u.), seu tipo sangüíneo é B (como o meu u_u.~ ♥), possui 1,74m (ótimo pra um uke u_u.) e sua comida favorita é arroz!

Seus trabalhos mexem muito com a imaginação de uma fujoshi e saber que este rapaz é um onnagata dá muito o que pensar (#nosebleed)… mas seus trabalhos masculinos também são espetaculares… Caracterizado como Hijikata Toshizou (EUAMO esse personagem histórico u_u.) no espetáculo teatral de Hakuouki, ele até engana como um semezão! ♥_♥.

Seguem algumas fotos de morrer:

 

GZUIZ

 

Com 15 anos

 

♥_♥.

 

♥_♥.

 

Dá pra acreditar que é um seme, né? =D

 

O espetáculo teatral foi baseado no jogo de Hakuouki

 

Bastidores ♥

 

Fan service... porque nós merecemos! u_u.

 

Agora alguns videos, pra você morrer junto comigo u_u.

 

 

Dakimakura

Hora do sexo!

Certamente você já deve ter pensado assim: Esses travesseiros me dão medo.
Ou você é do outro time: EU QUERO UM AGORA! <o>

O que você pensa, não importa (u_u.), esse acessório indispensável ao forever alone de carreira tem a sua versão fujoshi e sério… >o<. Eu quero muitos!

Veja alguns modelos que você nunca terá:

Não é fofo?!!!

Era bom, né? u_u.

Nem sei o que dizer...

É incrível e GRANDE... (u_u.) (vem com uma surpresa)

Pra quem é atualizada, Tiger & Bunny...

Pra quem gosta de deitar com um oyaji...

Hakouki!

 

Camus, você por aqui?

Imperdíveis!

So many men, so little time...

Esse é um post breve, de indicações de imperdíveis!
Mais ilustres no hall da fama: Blog da Andréia Kennen.  Parece até que foi feito pra mim. Fanfics, doujinshis, artigos… os fandoms de Naruto e Saint Seiya são destaque. E eu quero tempo pra ler tudo… u_u.

Outra indicação de link é uma iniciativa que me pareceu muito boa e salvadora de vidas de ukes e semes desgarrados: Lista Colorida. Será um “Diretório de contatos para personagens originais que estão a procura de outros personagens para jogar um bom e velho RPG boys love.” Faço fé!

A grande atração dos imperdíveis é o John Malkovich (QUEEUAMO). Ele estará no evento de divulgação do espetáculo The Infernal Comedy – Confissões de um serial killer.
Juntamente com Michael Sturminger (Direção) e MArtin Haselböck (regente da Orquestra Musica Angelica – que acompanha o espetáculo), os três falarão a público sobre os bastidores da criação do espetáculo, de graça, amanhã às 20h no Teatro Oi Casa Grande (clique aqui para mais informações).

Para pessoas que como eu não têm tempo pra nada, ou que não moram aqui no Rio, o site do Globo fará a transmissão ao vivo! Não é perfeito?

A história do espetáculo é sobre o escritor e serial killer Jack Unterweger, que virou celebridade (olha os valores >o<.) na Áustria!

Bem… acho q é só! Em breve trago mais novidades, certinho?
Até!

Yaoi de C* é R*LA… quanta agressividade… u_u.

Yaoi

É fácil estudar o yaoi como se fosse alguma porcaria dentro do reino monera. Trajando um jaleco branco e segurando em uma das mãos um maçarico… que delícia que deve ser!

De fora, é fácil atestar um monte de baboseira e ficar com pinta de esperto. Mas a gente que tá dentro dessa, sabe exatamente onde é que o sabichão pintou algo com a cor errada.

Vamos conversar sobre yaoi? Vamos falar verdade? Eu tava DOIDA pra fazer isso!

Desmistificando o Yaoi: O homem como objeto de desejo.

“Kurama possuía uma aparência frágil como humano. Afinal, todo humano é frágil.

O que interessava Hiei, dentro de sua curiosidade infantil e sua lascívia precoce, era a nudez agressiva do amigo em sua forma youkai. O pequeno demônio do fogo ansiava por sentir, pelos, suor e palpitação. Hiei queria tocar as formas sólidas e planas de seu amigo. Ele desejava um homem.”

O ultimo rascunho que escrevi de Yu Yu… acho que foi em 1998… o_o.

Com várias caras diferentes, acho simplesmente irresponsável falar de yaoi como se ele só acontecesse no Japão e para um público seleto, imutável desde 1979. São 15 anos de yaoi na minha vida e juro que já o vi com diversas aparências!

Invariavelmente, o yaoi é um subgênero literário (sim, mangá é literatura) onde o foco é a relação homossexual masculina. O que também não varia é que é produzido a priori para mulheres.

Tendo o homossexualismo como foco, é natural que os rapazes envolvidos sejam observados com algum interesse. E geralmente o nome desse interesse é desejo.

Sempre que um amigo me pergunta porquê gosto de yaoi eu digo: “Eu gosto tanto de homem, que dois, três juntos, me deixam louca!”, mas sabe? É verdade!

Na minha vida o yaoi surgiu como algo que glorificava algo que eu amava. É assim que eu enxergo o desejo sexual.

Apesar de não ser a única a me sentir assim; muitas amigas que gostam de yaoi também têm esse sentimento de exaltação do sexo masculino; existem pessoas que relacionam o desejo sexual a outras coisas como a transgressão, a humilhação, ao proibido e ao pecado. É provável que essas pessoas pertençam a uma sociedade de paradigmas cristãos. O que não é o caso do Japão, onde surgiu o yaoi.

O que é tabu aqui, não é necessariamente um tabu lá. Ver o yaoi sem compreender um pouquinho daquela sociedade é coisa de macaco. u_u.

É doentio colocar o yaoi como um movimento feminista contra a opressão sexual feminina que visa humilhar os homens, fazendo com que sejam virtualmente sodomizados (Yaoi: A vingança). Gente, que viagem de crack! Será que não pode ser simples como: Eu gosto de fantasiar com 2 homens juntos, como meu amigo gosta de fantasiar com 2 mulheres juntas. Tem mesmo que ter algo mais?

Parece que o yaoi tem um propósito secreto, illuminati e macabro de penetrar os haters de yaoi, porque eu não vejo ninguém tendo uma ideia próxima do real no que se refere ao assunto.

No meio de tantas ideias equivocadas, vamos à ladainha! >o<.

Como nasceu o yaoi.

“Amaterasu estava completamente cansada da brutalidade de seu irmão Susanoo. Ele era um grosso, um animal. Certo dia, da janela de sua casa, Amaterasu o viu conversando com Tejikarao, o deus da força. Susanoo deslizava os dedos no rosto do amigo, que quando podia, mordiscava as pontas dos dedos do deus temperamental. Amaterasu ficou encantada com o que viu, correu para o laptop e começou a desenhar com sua tablet da Wacom. No primeiro Comic Market foi vender um doujinshi com a história do irmão. Assim nasceu o yaoi”.

Amaterasu vendendo yaoi u_u.

É complexo dizer como o movimento nasceu, mas a primeira citação da palavra yaoi foi em 1979.

O fato é que no Japão, desde quase sempre, o homem desempenhou inúmeros papéis sexuais, que foram amplamente apreciados por homens e mulheres. O onnagata do Kabuki é o mais expressivo, por assim dizer. Vetada a participação feminina, o Kabuki utiliza jovens atores em papéis femininos e prioritariamente, nenhuma perversão é relacionada a esse fato.

Relações de subserviência, entre aprendiz e mestre, cumplicidade, entre oficiais de um mesmo exército e de competição saudável, como Musashi e Kojiro, fomentaram o imaginário, masculino e feminino, que através dos séculos se questionaram: “E o que mais há por detrás disso?”.

O resultado dessa inquietação, desse questionamento, dessa necessidade de descobrir o que há por detrás é, simplesmente, o yaoi. Firmando-se por detrás dos pequenos estandes do Comic Market, com inúmeras obras de séries do início dos anos 80 (Como Saint Seiya, Slum Dunk) de caráter romântico, erótico ou cômico.

“No Japão existem muitos mangás pornôs, mas eles são destinados ao público masculino. As mulheres são maltratadas e humilhadas e não é o reflexo de toda a fantasia deles.

E dentro do mangá shoujo existem lindas histórias, mas que não chegam a um ápice, não há erotismo.

É também uma das razões que pode levar as mulheres a esse tipo de leitura.”

Palavras sábias de Yamane Ayano-sensei!

 Ser mulher no Japão.

Ser mulher no Japão não é pior ou diferente do que ser mulher em qualquer outro lugar do mundo (salvo em alguns países da África e do Oriente Médio… Deus me livre!).

A realidade da vida feminina sempre foi a desvalorização, o boicote e a frigidez. Entretanto, é notado que lá e cá, através das ultimas décadas, obtiveram expressivas mudanças na forma de se tratar a mulher.

Aliás, é acertado dizer que, em comparação ao Brasil, o Japão esteve algo mais a frente, pois possuiu uma pequena organização matriarcal, que permitia as mulheres terem filhos sem serem casadas e que trabalhassem para custear as próprias vidas: as gueixas.

Esta sociedade de artistas femininas seguia as próprias regras e quando do primeiro contato com a sociedade ocidental (exército americano), foi considerada uma sociedade de prostitutas. Talvez tenha sido culpa da docilidade.

Não duvido que neste momento eu esteja prestes a ser apedrejada pelas feministas de plantão, mas… você já ouviu falar de docilidade?

Numa nação em que o meiwaku é levando em consideração antes de se pensar em construir uma frase e dizê-la para o vizinho, a docilidade é sem dúvidas uma questão importante para as mulheres. Não quero dizer que no Japão as mulheres nunca foram oprimidas, não é nada disso, mas alguns aspectos que são meramente rotulados como submissão, na verdade são um comportamento feminino, chamado docilidade.

A docilidade está muito além da compreensão das mulheres que tocam fogo nos sutiãs! A docilidade é uma capacidade de não concordar sem bater de frente; a super grosso modo!; é sorrir a um insulto sem se rebaixar, nem se desvalorizar, muito menos mudar de opinião. É ganhar no sorriso e não no grito. Ora… vamos combinar… sua vida teria menos estresse dessa forma, não?

Então… a docilidade também está relacionada com a sexualidade feminina. Eu diria que a docilidade criou o advento Moe! Características como prever as necessidades das pessoas, ter uma conduta positiva, exaltar a feminilidade e a obsessão kawaii criaram esse demônio chamado Moe. Eu? Não tenho nada contra não…

Entretanto, por algum motivo sinistro, toda essa coisa da “mulher japonesa”, faz com que ela pareça insatisfeita com a sua vida sexual.

Não. Não é privilégio da mulher japonesa ficar insatisfeita com a vida sexual, os amantes de ultimamente é que são deprimentes (#prontofalei).

Bom, sabendo que os machos do mercado é que são ruins e não as mulheres que tem problemas com a sua sexualidade, acho que já ficou claro que o yaoi não é uma fuga de uma foda mal dada, né… u_u.

Na verdade acredito que ser mulher no Japão dá mais opções de literatura homoerótica direcionada ao público feminino do que aqui. Lá é possível encontrar material yaoi em qualquer esquina e se você curtir uma onee-san (ou se você for a onee-san!)… também está disponível. Nesse aspecto, a liberdade é maior.

“Como fujoshi otaku, sinto que minha sexualidade tornou-se mais livre quando comecei a ler BL comics. As autoras colocam toda sua sensualidade, imaginação e experiência sexual nas histórias. Pensei então que poderia fazer isso na minha vida sexual para que ela fosse agradável como o que eu aprecio.” – Akiko-san, 29 anos, fiel frequentadora do Comic Market.

É importante deixar claro também, que os que acreditam na opressão sexual feminina na sociedade japonesa, receberam hoje o jornal de 03 de Outubro de 1945!

Gente, vamos acordar… Não é nada incomum as meninas de 15 anos já estarem mantendo relações sexuais com os namorados. Isso mesmo, no Japão! Tem mangá shoujo que fala sobre prevenção de DST, pílula anticoncepcional, como transar nas férias de verão pra esse tipo de público! A sexualidade no Japão é tão complexa quanto em qualquer lugar do mundo e tão simples também, porque na verdade, quem complica é você. u_u.

Homossexualidade no Japão.

O Japão tem coisas maravilhosas como yaoi, sushi, sakê, yaoi, Morning Musume (\o/ eu sozinha), yaoi, yaoi e japoneses. Mas também tem outras coisas que ninguém tem o direito de dizer se é bom ou ruim. Tipo o coletivismo. u_u.

O casamento é algo que diz respeito às famílias envolvidas e não apenas aos noivos. É por esse motivo que os rapazes noivos, mesmo sendo gays, casam com mulheres. u_u.

Vai além da vergonha de festejar com o buraquinho. Está relacionado ao dever que se tem para com a família. Os pais, os avós e os ancestrais lutaram para que o jovem gay tivesse uma boa condição financeira e formação escolar. Ele simplesmente não tem o direito de fugir na garupa daquele yakuza! (Né Kit? \o/)

Assim sendo, o gay é obrigado a se refugiar num mundo secreto, numa realidade alternativa. O Shinjuku 2-chome abriga todas essas histórias tão parecidas. E eu e Kit ainda vamos lá! u_u.

Naturalmente você deve pensar que ninguém é obrigado a nada. Que aquele gayzinho de quem falei tem mesmo é que fugir na garupa do yakuza e que ninguém tem nada a ver com isso. Acontece que, me desculpe, o proibido é mais gostoso. Digo… a cultura é outra, minha amiga (ou amigo)…

Na verdade a homossexualidade tem uma história no mínimo pitoresca no Japão. Com a ausência da culpa e do recato cristão, essa sociedade abençoada esteve livre para praticar a meinha em diferentes modalidades, através dos séculos, amém!

Desde os tempos mais remotos o sexo entre homens é tratado com alguma naturalidade, aparecendo em antigos tratados de medicina, documentos, literatura e na arte.

As palavras antigas para designar a prática sexual entre homens eram relacionadas à cor (mesmo nos dias de hoje, a sensualidade é relacionada à cor: 色っぽい ou iroppoi) e ao caminho, como em chado, shodo ou bushido.

男色 ou nanshoku, significa literalmente cores masculinas e 若众道 ou wakashudo, que significa o caminho dos rapazes adolescentes, claro enaltecimento da juventude masculina – Saint Seiya TOTAL >o<.

Fóssil de yaoi

Ora, dentro desse contexto permissivo, é esperado que samurais, monges, atores de Kabuki, comerciantes, michês e todo o resto se reúnam em narrativas históricas, carregadas de maravilhosos detalhes, sobre essa prática sexual entre os homens, mas que de forma alguma podia romper seu caráter oculto, incomodando e trazendo transtornos (meiwaku) ao restante da sociedade.

Sob essas cores, a homossexualidade no Japão se desenvolveu numa espécie de sociedade secreta onde a maior parte dos membros não tem nenhum interesse de assumir seu amor por rapazes. A maioria parece estar satisfeita desta forma. Quem disse que não é possível ser feliz assim?

Vejo inclusive um ponto muito semelhante a nossa própria cultura. Alguns gays saem do armário e vão para a passeata do orgulho gay. Outros continuam em seus lares, com as suas esposas, xingando toda vez que veem uma manifestação da liberdade gay, renegando para os outros o caminho que não quiseram para si. Mas que na calada da madrugada, trilham desavergonhadamente atrás da mulher de tromba, como muitos Ronaldos por aquelas ruas desérticas da Barra da Tijuca.

A intolerância e o preconceito não são forjados apenas pela ignorância, mas também por aqueles rapazes que defendem desesperadamente a heterossexualidade de Camus de Aquário, mas que se pudessem, caso ele fosse real, sugariam todos os dias a seiva quente do mestre do gelo… não é?!!! Que escândalo!

De qualquer forma é importante colocar o seguinte: yaoi não é voltado para o público gay, bara é (super amo u_u.). Apesar de tratar de conflitos deste universo masculino, dúvidas, questionamentos ou meramente a alegria de ter um lindo namorado, é feito para mulheres, com o que a sociedade japonesa acredita ser sensibilidade feminina, mas que agrada jovens rapazes gays atrás de romance, suspiros e um Seme alto, másculo e de ombros largos. Eu não tenho medo de dizer que o yaoi é na verdade universal!

“Meu manga é yaoi, não gay. E há uma diferença sutil entre os dois. Eu poderia desenhar quadrinhos gays realistas, ‘slash’ se você preferir, mas as leitoras não aceitariam da mesma forma. Para dizer a verdade, eu quero desenhar cenas de amor mais realistas, por exemplo. Mas tenho que ter cuidado para manter suave e delicado. É um ponto essencial.

Os aspectos psicológicos desempenham um papel importante também. É sobre como os personagens sentem e como eles lutam até obter o amor até que seja alcançado. A história é sobre os sentimentos dos personagens de dor e saudade um do outro, que é mais uma ‘sensibilidade feminina’. – Kodaka Kazuma-sensei

O yaoi no Brasil.

O ano de 1994 foi muito importante para nós fãs de anime. Cavaleiros do Zodíaco estreou na finada Tv Manchete, trazendo a primeira onda de fanatismo Otaku.

Para quem, como eu, já tinha uma certa idade, a relação de amizade, dependência e todo aquele lance de civilização clássica grega dava o que pensar. u_u. Foi aí que o yaoi surgiu no Brasil: nas cabecinhas de todas as meninas que olhavam o Shun e pensavam “AHAAAAM!”.

Quem foi além do fundamental sabe que um movimento não é algo linear e estático. Surge pipocando em diferentes regiões até tomar corpo e características básicas que o classifiquem como algo. O yaoi aqui no Brasil também foi assim.

Movimentos concomitantes ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Natal e nos Cafundós de Judas. Sites foram ao ar (Internet discada, OK?), cadernos cheios de sacanagem foram trocados nas salas de aula. No trabalho algumas sussurraram: “Viu o que o Hyoga falou quando chegou à casa de Escorpião?”. O yaoi nasceu pluralmente! Não, não é mérito da fulana não. Como se ela tivesse colocado o primeiro pênis do mundo dentro de um ânus masculino… 9_9.

O yaoi nasceu meio maçônico, meio indefinido. Como um vibrador com formato de batom, ninguém sabia exatamente o que era, ninguém sabia como chamar, mas todo mundo sabia usar! Kurama, Oliver, Shurato… todos eles ficaram de quatro, de ladinho, entre si (nos crossovers) e por volta de 1997, o que era Boys Love no Japão, ganhou a alcunha de Yaoi no Brasil.

Aos poucos as fujoshi foram se aglutinando. A internet ajudou bastante neste processo. Elas foram se conhecendo, se tornando amigas, se odiando, plagiando umas as outras, reunindo séquitos de adoradores, ou uma legião de aldeões com tochas e ancinhos nas mãos diante da porta de casa, mas nunca uma messias verdadeira apareceu para nos guiar! >o<.

O yaoi se tornou um fenômeno comportamental, por assim dizer, se você considerar que muitas de nós vivem em função do yaoi, ou têm o yaoi como seu maior passatempo (Que dá no mesmo u_u.). Particularmente não me importo de ser rotulada como fujoshi fanática, ou fujoshi omissa (dado o hiatus no qual me enfiei desde minha ultima publicação). Para mim ser fujoshi é uma dádiva.

Gostaria de falar também sobre o “Jogar yaoi”, uma modalidade absolutamente surreal e legitimamente brasileira (ou ocidental, considerando que a prática também ocorre nos países do continente americano) – não tenho conhecimento de que no Japão as fujoshi joguem yaoi. Com uma mistura de RPG e total falta de bom senso, o yaoi entrou de forma pregnante na vida de algumas fujoshi nacionais.

O yaoi como jogo requer quase que obrigatoriamente um posicionamento sexual. Você deve ser seme ou uke. Total flex é coisa rara! As meninas representam papéis masculinos do fandom ou originais e não é nada incomum um envolvimento bem passional por parte das participantes. As histórias invariavelmente evoluem para um desfecho sexual e se as suas não, você é uma fujoshi fracassada. u_u.

É natural, dentro desse jogo de sedução, que uma ou outra fujoshi perca… digamos… a chave do cu. Há relatos de meninas e mulheres que surtaram, que passaram a acreditar serem rapazes passivos e diz a lenda que uma fujoshi até largou filha e marido para viver um romance com sua uke. Babado!

Felizmente (ou não) essa capacidade criativa da fujoshi nacional produz um yaoi ainda mais colorido que o do Japão, acredito eu. E digo mais, se essas sacanagens particulares virassem material digital ou fanzine, teríamos uma grande chance de produzir uma Comic Market tupiniquim, um mercado todo especial para o conteúdo que já é gerado, mas que não vai para lugar nenhum além dos logs dos MSNs.

Apesar de muito falar, eu não possuo direito algum de demandar nada! Jogo há 10 anos e cadê? u_u. Tudo nos logs do MSN!

Sem vergonha de ser fujoshi >o<.

Mas no yaoi não tem um viadinho que é uma mulherzinha?

Sim, tem… o seu pai u_u.

Conclusão

Desejo é algo além da racionalização. Desejo é cheiro, é pele, é olhar e tesão. Lutar contra o objeto é racionalizar o sexo. É destruir a parte animal da coisa que faz ficar tão bom.

Não vejo problema nenhum em fazer do homem um objeto ou em ser objeto. Fantasiar é meramente fantasiar. A vida cotidiana não é sexo nem fantasia, há de se saber separar a ficção e fetiche da realidade para viver uma vida saudável!

No yaoi o homem assume inúmeras figuras, desde a leitora insegura e frágil, até o homem ideal de outra leitora, pleno em potência sexual, gay por acidente ou militante da causa. O yaoi não tem uma fórmula certa, existem histórias para todos os gostos e de todos os tipos. Estereótipos existem mesmo na literatura “tradicional”, é normal que apareçam no yaoi, mas de forma alguma são via de regra.

Garotas fujoshi não querem ser necessariamente homens, não se veem necessariamente num personagem feminino. Personagens de yaoi não são necessariamente femininos.

Características psicológicas não são masculinas ou femininas, mas… você entendeu, né?

Fujoshi é a menina que gosta de yaoi, mas não é por isso que vai dar uma de seme e sodomizar o namorado/marido/casinho/amante/cacho/cafetão, OK? 9_9.

Se você é homem e não há nada feminino em você, então você é uma merda. Você não possui capacidade nem de se colocar no lugar da sua mãe. Shame on you!

Referências:

http://yamaneayano.com/message/

http://www.journaldujapon.com/2010/09/interview-ayano-yamane-auteure-de-boys-love.html

http://liheliso.com/Interviews/HikaruSasaharaInterview2007.html

http://ja.wikipedia.org/wiki/やおい

http://ja.wikipedia.org/wiki/ボーイズラブ

http://www.gay-art-history.org/gay-history/gay-customs/japan-samurai-male-love/japan-samurai-homosexual-shudo.html

Faça a festa no Google Books:

Boys’ Love Manga: Essays on the Sexual Ambiguity and Cross-Cultural Fandom of the Genre – Antonia Levi, Mark McHarry, Dru Pagliassotti

Comrade Loves of the Samurai – Ihara Saikaku, E. Powys Mathers

Queer Japan from the Pacific war to the internet age – Mark J. McLelland

Male homosexuality in modern Japan: cultural myths and social realities – Mark J. McLelland

Cartographies of desire: male-male sexuality in Japanese discourse, 1600-1950 – Gregory M. Pflugfelder

Male Colors: The Construction of Homosexuality in Tokugawa Japan – Gary P. Leupp

Agradecimentos:

Agradeço as meninas da Yaoi Writers, que são lindas, inteligentes e mesmo assim me aturam! >o<.

Um abraço especial para Cristal Samejima, Kitsune, Nanako (vc ainda usa esse nick? >o<.), Tanko-chan, Lucretia e Annah Hel, que ajudaram na conclusão desse monte de besteira, de uma forma ou de outra!

Apesar de tudo…

Então… apesar da chuva demoníaca, dos trovões dos infernos, do meu Fireworks maldito… consegui fazer uma atualização!!! É mole?!

Estão no ar os capítulos 10, 11 e 12 de Querido diário. Para ler, clique aqui!

Espero que gostem!

Até mais!!!

Não sei se caso ou se compro uma bicicleta…

Depois do advento do maravilhoso culto do sábado… comecei a ter novas ideias!

Será que tem alguém aqui pra me ajudar? o_o. *barulho de grilo*

 

Ai que loucura!

Obviamente, um deus! u_u.

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Que férias mais fofas!

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